por Tarso Genro
As designações “esquerda” e “direita”, que vinham gradativamente perdendo o prestígio durante o ciclo hegemônico das idéias neoliberais, voltam a ter algum significado para os observadores políticos e acadêmicos mais sérios. Em grande medida, esta “atualização” está relacionada à crise econômica internacional e aos debates por ela suscitados a respeito da retomada do papel regulador do Estado.
É verdade que a visão da “desregulamentação” da economia, da redução das funções públicas do Estado, da utopia do mercado perfeito e da desqualificação sistemática de qualquer política pública distributivista, de solidariedade social ou de redução das desigualdades – através de transferências forçadas de renda – ainda não perdeu totalmente a sua força. Até porque a crise ainda não terminou, mundialmente, e agora a disputa política recai sobre a conformação das políticas de Estado no “pós-crise”. Políticas que devem organizar um novo ciclo de acumulação de capital e distribuirão “perdas e danos”, em função do desastre que foi o tatcherismo e suas variantes tucanas e “menemistas”.
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