terça-feira, 10 de novembro de 2009

Por pouco não houve outro massacre de Eldorado

“No início da manhã, os trabalhadores interditaram a Rodovia PA 150 como forma de pressão para exigir a abertura de negociação por parte do governo do Estado. Por volta das 11 horas da manhã, sem que a polícia estivesse no local, os trabalhadores decidiram por si mesmos desinterditar a estrada. A situação permaneceu totalmente tranqüila, com o tráfego de veículos restabelecido até por volta das 14 horas, quando chegaram ao local o Delegado Geral de Polícia Civil, Raimundo Benassuly, e o coronel Leitão da Polícia Militar acompanhados de aproximadamente 70 policiais do batalhão de choque.

Demonstrando total despreparo e usando de truculência desmedida, sem dar chance para qualquer tipo de diálogo, o coronel e o delegado partiram para cima dos trabalhadores que se aglomeraram nas imediações da pista, gritando de forma descontrolada que estavam ali para prender quem estivesse à frente. O Delegado Geral, Raimundo Benassuly, sacou uma pistola e ameaçou atirar nos trabalhadores que se aproximavam. Vendo a ação do delegado, outros policiais fizeram o mesmo, e, em seguida prenderam três trabalhadores sem qualquer motivo.(...)"

Veja o texto completo no blog do Sakamoto.

2 comentários:

José Elesbán disse...

Um resumo da questão da terra no Pará, conforme o texto:

"De janeiro a outubro do ano corrente, segurança e pistoleiros das fazendas do banqueiro já assassinaram um trabalhador sem terra e balearam gravemente outros 17 sem terra no interior das propriedades. Todos os crimes continuam impunes. Nos dois anos e 10 meses de governo de Ana Júlia, apenas no sul e sudeste do Estado, foram 66 fazendas ocupadas por 10.599 famílias; 101 trabalhadores e lideranças foram ameaçados de morte; 23 trabalhadores foram feridos a bala por pistoleiros e seguranças de fazendas; 17 trabalhadores foram assassinados na luta pela terra e 128 foram presos. Os conflitos agrários no Estado do Pará são problemas sociais da maior gravidade que a governadora, a exemplo de seus antecessores, insiste em resolver com casos de polícia. Enquanto isso, pistoleiros e mandantes dos crimes gozam de total impunidade."

zejustino disse...

Duvido muito que a governadora tenha alguma participação nisso. Nós aqui neste blog viramos e reviramos agencias de informações, portais, revistas, jornais e dificilmente encontramos qualquer manifestação da governadora ou de seus auxiliares. Na verdade, na última declaração que vi, a governadora se queixava do tratamento que a mídia dispensou naquele caso "arranjado" entre o banqueiro facínora opportunista, a Globo e outros representantes do PIG. Se não fosse a denúncia de um dos jornalistas que a situação era completamente diferente dos informes da Globo "et caterva", que parecia um esquema já montado para impressionar os participantes do "convite", estaríamos até hoje com a informação de que o MST teria comandado a invasão e agredido todo mundo.

O Estado do Pará esteve sob o des-governo tucano durante muito tempo e ainda está aparelhada pelo partideco entreguista e por seus comparsas da UDR e outros degenerados que se apossaram de terras da União. Todos sabemos como foi a intervenção dos gorilas naquela época da guerrilha.

Atualmente, parte da mídia, inclusive a rede americanalhada do casal Hommer Simpson, insiste em dedicar parte de seu noticiário a aspectos negativos do Estado do Pará.