Enquanto as placas tectônicas do Caribe e da América da Norte não se estabilizam, o povo haitiano vive, mais uma vez, o limite de suas possibilidades históricas. O envio de mais de 10 mil soldados e mariners e uma frota capitaneada por um porta-aviões nuclear, sem que a ONU fosse sequer consultada, revela uma estratégia por demais conhecida. Se a natureza, como a própria guerra, tem as suas próprias leis, os fatos desatados por sucessivos abalos sísmicos servem como exercício para que os Estados Unidos reafirmem a preeminência na América Caribenha, descartando qualquer possibilidade de países vizinhos interferirem em sua supremacia na região.
Quando a secretária de Estado americana Hillary Clinton, a bordo de um avião militar, pronuncia que “o socorro às vítimas do terremoto poderia chegar de forma mais rápida se o Parlamento haitiano aprovasse um decreto dando mais poderes ao presidente René Préval, alguns dos quais poderiam ser delegados aos Estados Unidos como a possibilidade de declarar toque de recolher", suas palavras não podem ser compreendidas fora da lógica dos poderes que comandam a titeragem internacional.
Vejam o texto completo do Gilson Caroni na Agência CARTA MAIOR
Nenhum comentário:
Postar um comentário