terça-feira, 9 de março de 2010

Editorial da Carta Maior

"epitáfios neoliberais: 1) as 12 seções regionais do FED,o BC dos EUA, encarregadas de fiscalizar in locu as operações dos 'livres mercados' tem cada qual um bureau 'público-privado' assim composto: 3 diretores indicados pelo governo; 3 personalidades indicadas pela banca privada local e 3 representantes da mesma banca privada local... Deu no que deu; 2) no Chile, o Código de Obras data de 1975 e reflete as convicções mercadistas da ditadura mais sangrenta já imposta à AL.Por essa Lei Geral de Urbanismo e Construções, o fiscal das obras é contratado pela própria empreiteira, numa versão 'criativa' do princípio neoclássico segundo o qual o mercado se auto-regula. Deu no que deu: muitos desabamentos registrados no terremoto de 27 de fevereiro evidenciam uso inadequado de materiais e estruturas fragilizadas; 3) Critério semelhante ao princípio da auto-regulação, introduzido na AL por Pinochet, pauta grandes obras tucanas em SP. Na cratera do metrô, em 2007, a investigação da tragédia trouxe à baila o sistema 'turn-key', algo como 'chaves na mão', em tradução livre. Em síntese, o Estado define prazo e preço do projeto com a empreiteira, deixando todo o resto da obra a seu critério --incluindo-se a qualidade do material utilizado e o rigor das estruturas requeridas. Deu no que deu."
(Carta Maior à propósito da promessa de Sebastian Piñera de sacudir a sociedade chilena com um choque de mercado, a partir desta 5º feira; 09-03)

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