sexta-feira, 26 de março de 2010

Infeliz Iêmen

O Iêmen é país sóbrio, diferente dos postos imperiais de gasolina espalhados por outras partes da península arábica, onde as elites dominantes vivem em arranha-céus construídos em prazos sempre recordes, projetados por arquitetos-celebridades, cercados por shopping-centers em que se vendem produtos com todas as griffes ocidentais, atendidos por escravos que chegam em ondas do Sul da Ásia e das Filipinas. Sana’a, capital do Iêmen, foi fundada em tempos em que o Velho Testamento ainda estava em produção, sendo escrito, editado e costurado. É verdade que o novo hotel Mövenpick, no coração do enclave diplomático que há na cidade, faz lembrar o pior de Dubai (estive lá quando todos eram obrigados a engolir um menu “Valentine’s Day Dinner Menu”), mas a elite iemenita é cuidadosa e não ostenta riqueza.

A velha cidade murada foi resgatada da extinção-por-modernização, pela Unesco (depois, também pelo Aga Khan Trust) nos anos 80s, e a antiga muralha foi reconstruída. A Grande Mesquita do século 9º está atualmente sendo restaurada por equipe de especialistas italianos associados a arqueólogos locais e têm encontrado objetos e imagens do passado pré-islâmico daquela região. Se vão ou não localizar uma pequena estrutura que se diz que teria sido construída ainda em vida do profeta Maomé, não se sabe.


Confira o texto completo, escrito por Tariq Ali, no Vi o Mundo.

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