quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Estrela Vermelha sobre o Afeganistão

Enrico Piovesana
O Partido comunista (maoista) clandestino afegão anunciou que começará logo a combater os "ocupantes imperialistas" mas também os "reacionários teocráticos islãmicos". Dentro de muito pouco as tropas de ocupação da OTAN terão que combater não só contra os talibãs e os jihadistas mas também contra os guerreiros comunistas. Isto é pelo menos o que se deduz de um recente comunicado do partido comunista (maoísta) afegão, uma formação clandestina criada em 2004.

"O partido está para dar início à guerra popular no Afeganistão, cujo caráer específico na atual conjuntura é a de uma guerra popular revolucionária contra os ocupantes imperialistas e seu regime fantoche.

Assim conclui um comunicado do PC(m) publicado neste 15 de julho em "Shola Jawwid" (Chama Eterna), órgão do partido para comemorar o companheiro Azad, histórico porta-voz dos guerrilheiros maoístas indianos "Naxaliti", morto em ação neste primeiro de julho.

O Partido Comunista (maoísta) afegão - cujos dirigentes tem permanecido até agora na clandestinidade - é o fruto de um lento processo de reunificação e de revitalização dos remanescentes dos grandes movimentos maoistas afegãos dos anos 60 e 70, exterminados logo pelos comunistas filo-soviéticos e pelos integristas filo-ianques. Um processo que começou depois da invasão aliada de 2001, com o objetivo de instalar uma guerra de libertação nacional "autonoma" com relação aos grupos armados islamicos e em nome de uma "terceira via" alternativa alheia tanto à ocupação estrangeira como à teocracia islãmica.


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