No início deste mês, o governo de Israel anunciou que iria cooperar com uma das duas comissões internacionais criadas pela ONU para investigar o massacre da Flotilha da Liberdade de Gaza, ocorrido em 31 de maio. A iniciativa israelense foi considerada "sem precedentes" pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. No entanto, os detalhes desta comissão e seus integrantes - particularmente o polêmico ex-presidente colombiano Álvaro Uribe Vélez - põem sua imparcialidade em dúvida.
A comissão é formada por quatro pessoas - uma escolhida pela Turquia, outra por Israel e duas de uma lista fornecida por Israel. As duas últimas são o ex-primeiro-ministro neozelandês Geoffrey Palmer, que presidirá a comissão, e Uribe, que servirá como vice-presidente. Enquanto Palmer, especialista em direito internacional, é uma escolha inconteste, a indicação de Uribe é desconcertante. Aparentemente, o "equilíbrio" nesta comissão envolve o equilíbrio entre alguém versado nas leis internacionais e de direitos humanos e alguém que é inflexivelmente contrário a elas. Esta noção de equilíbrio enfraquece fatalmente a comissão antes mesmo do início de suas atividades e mancha o processo do direito internacional.
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