O sol batia forte e pela sua testa escorriam gotas de suor, que ele enxugava com o lenço. Alguém lhe passou um boné para protegê-lo do sol e assim continuou sendo abraçado e abraçando, como se um Papai Noel de barbas mais curtas tivesse descido no Itamaraty para um distribuição de presentes.
Ligeiramente distante, eu observava o carinho com que ele retribuía a alegria de todos quantos chegavam perto, pedindo para fazer uma foto ao seu lado, naturalmente para depois colocar num porta-retratos ou num quadro na parede da sala de visitas.
Alguns minutos antes, ele me conseguira emocionar com seu improviso realçando como os pobres de seu país começam a ser mais numerosos que os filhos das classes abastada nas universidades e como os negros conquistarão em breve seu lugar na sociedade como dentistas, médicos, advogados e igualmente como diplomatas no Itamaraty.
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