sábado, 15 de janeiro de 2011

Nenhuma solidariedade a quem envia pacotes-bombas "anarquistas"


[Nota: este comunicado omite deliberadamente a referencia aos recentes ataques produzidos em 23 de dezembro em Roma. Duvidamos que haja anarquistas envolvidos, dado que (como sucedeu em 2003) a execrável "Federazione Anarchica Informale” (FAI) atribuiu a si a responsabilidade. É uma coincidência curiosa que este grupo compartilhe o acrônimo com a Federazione Anarchica Italiana, que se distanciou claramente dos fatos de 2003 e sugeriu que essa “FAI” poderia ser uma organização marionete. Há vários exemplos desse tipo de operações na história recente da Itália. Uma delas foi o massacre da Piazza Fontana de Milão em 1969, que foi cometida pelo Estado e atribuida aos anarquistas locais. No comunicado da “FAI” a respeito dos fatos de 23 de dezembro, as palavras finais (“viva la FAI, viva la anarquía”) não são próprias de uma organização que se define como “informal”]

Vejam o texto completo em A-Infos

Um comentário:

zejustino disse...

Preferi colocar a nota do início do texto principal porque todos os parágrafos deste são muito importantes na definição da praxis anarco-comunista. Mas, deixo abaixo um trecho traduzido livremente (é claro, pois não tenho qualquer formação acadêmica na lingua do Cavaleiro da Triste Figura mas tento fortemente assumir também a mesma lingua dos hermanos bolivarianos):


"Nos referimos aos pacotes-bombas enviados a diversas instituições estatais, particularmente embaixadas, durante os últimos meses. Tratando de alcançar a um burocrata de alto nível na abertura da caixa, as bombas foram pensadas como uma forma de vingança pelo encarceramento dos três ativistas mencionados. Este tipo de praxis não somente demonstra estupidez política, mas também covardia e falta de humanidade. No melhor caso bisonhez, no pior devido ao cálculo, os pacotes enviados estavam preparados para ferir a um simples caixa ou a uma secretária. Com estes atos os remetentes se apresentam como criminosos sem piedade que, como os esbirros do capital, tem perseguido e assassinado a membros da classe trabalhadora. Estes atos não são revolucionários, mas sim uma manifestação reacionária. Frente à infâmia destas ações, não podemos senão exclamar nenhuma solidariedade com os remetentes de "pacotes-bombas", nunca! Há alguns anos o Estado criou supostas organizações radicais para convencer a população da necessidade de uma maior repressão. É trágico que as coisas sejam tão fáceis para a classe capitalista européia. É difícil para nós reagir adequadamente a um clima político e social que nos está levando, os explorados, ao limite do desespero."