quinta-feira, 31 de março de 2011

Contas macabras

Com os três da última semana - um em Turbo, outro em San Onofre, outro em San José de Apartadó - já são cinquenta os líderes camponeses envolvidos na luta pela recuperação das terras expoliadas que foram assassinados nos últimos três anos.

Christian Salazar, delegado da ONU em Colômbia para os Direitos Humanos, dava nestes dias uma informação arrepiante, mas que pelo visto não produziu calafrios a quase ninguém: a Promotoria está investigando 27.300 - vinte e sete mil e trezentos - casos de desaparecimento forçado. São mais que os que se cometeram na Argentina e no Chile durante os anos de chumbo das ditaduras militares. A Unidade Nacional de Promotorias para a Justiça e a Paz publica outra cifra, todavia mais horripilante: em quatro anos, de junho de 2006 a dezembro de 2010, os paramilitares em teoria "desmobilizados" e seus sucessores dos pudicamente chamados "bandos criminosos" (neo-paramilitares em colaboração com elementos da força pública) cometeram 173.183 homicidios e 34.467 desaparecimentos forçados. O colunista Alfredo Molano faz em El Espectador uma conta macabra: se todos esses mortos tivessem sido fuzilados em fileira, a fila de cadáveres teria cento e setenta e três quilômetros de comprimento.


Vejam mais detalhes em AGENCIA PRENSA RURAL

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