segunda-feira, 28 de março de 2011

Universidade sul-africana rompe colaboração com universidade israelita

27 de Março de 2011
Comité Palestina
Fonte: Comité Palestina

Após 25 anos de cooperação com a universidade israelita Ben Gourion, a universidade de Joanesburgo, a mais importante universidade sul-africana, decidiu romper com essa colaboração. Numa votação que decorreu no passado dia 23, 60% dos participantes pronunciaram-se a favor dessa decisão.

O arcebispo Desmond Tutu, entre outras personalidades, tinha apelado à ruptura das relações, pelo facto de as universidades israelitas estarem intimamente ligadas, por escolha própria, ao regime de ocupação e de apartheid.
Trata-se de um avanço importante da campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra o Estado de Israel.

Vejam em TRIBUNALIRAQUE.Info

12 comentários:

Anônimo disse...

Azar da bravíssima África do Sul. Aliás, não sei de que apartheid nos hablas, se os árabes israelenses tem os mesmos direitos dos judeus israelenses.
Sabia que um druso foi presidente de Israel por uma semana?
Isso é que dá em ficar na retórica propagandística. Pena...

Da Silva

zejustino disse...

Então, tá! O roubo de terras, a destruição de plantações, o assassinato de crianças e a utilização de urânio empobrecido nos bombardeios sobre a população palestina não tem importância. Afinal, um druso foi presidente de Israel por uma semana.

José Elesbán disse...

Mesmos direitos, pero no mucho, né? Quantos oficiais árabes-israelenses há na IDF? Algum druso, ou árabe-israelense, foi primeiro-ministro (que é o que importa!) por um DIA?
Que tal as humilhações nos pontos de controle? As colônias ilegais na Cisjordânia que já ocupam 42% daquelas terras?

José Elesbán disse...

Mas, de fato, acho que Israel, com a sua política de empurrar com a barriga qualquer negociação, vai acabar chegando a um estado binacional de fato.
Como parece que Israel quer ser reconhecido como O Estado do Povo Judeu (mesmo que muitos judeus não façam questão de ir para lá), teremos mais e mais um estado de apartheid.

José Elesbán disse...

E a propósito do "post" propriamente dito, talvez academicamente a Universidade de Joanesburgo de fato talvez até perca com o fim do intercâmbio, mas o rompimento é um sinal triste para Israel.

Anônimo disse...

Pois, é zejustino,
cada lado tem o seu relato e as suas razões. "Mocinhos" não existem na região, embora seja natural e generoso identificar-se com o mais fraco (aparente e transitoriamente que seja). Mas se você abraça integralmente a narrativa de um dos lados, talvez seu nome correto possa ser zeinjustino.
O que me irrita são chavões, em vez de raciocínio, realismo e análise - estes muito mais trabalhosos.
Atacar com urânio empobrecido (cite as fontes, porque acho que você está confundindo com a OTAN na Líbia)), assassinato de crianças, destruição de plantações, realmente atos terríveis. Mas, e o outro lado? Absolutamente nunca fez nada que os motivasse? Você omite as barbaridades que motivaram as outras barbaridades num ciclo insano de violência.
Faltou contexto histórico, cara.

Anônimo disse...

Se a coisa fosse tão simples, já teria se resolvido há muito tempo.
Lendo um pouco além das cartilhas que atualmente abundam (ops!) na web saberá que as terras das primeiras colônias judaicas na Palestina foram compradas aos senhores feudais que viviam à larga nos cassinos de Damasco e Beirute por mais do dobro que valiam. Entre 70% e 80% dos habitantes árabes da região eram felás, ou seja, servos da gleba desses senhores. E vocês, os atuais herdeiros da geopolítica da Guerra Fria, nem desconfiam que seus avozinhos esquerdistas, apoiavam toda a sorte de ditadores da região, na real não dando a mínima pro sofrido povo árabe, embora discursassem incansávelmente sobre a libertação das "massas árabes".
A primeira expansão de Israel foi em 48, motivada pelo ataque de 5 países árabes, que não aceitaram a Partilha. Se seguir mais adiante na história, verá que a 2ª expansão, em 67, foi quando três países vizinhos ameaçaram varrê-lo do mapa. Perderam e com eles os pobres palestinos.
Uma coisa é certa: fosse outro o resultado dessas guerras, dificilmente haveria judeus pra contar a sua versão da história.
Sobre o presidente druso, uéé!!!?? não são vocês que enchem a boca pra falar em apartheid israelense. Caso esse tal de apartheid fosse um fato, lá não existiriam parlamentares árabe-israelenses, juízes árabe-israelenses, diplomatas árabe-israelenses.

Anônimo disse...

zealfredo, double standarts?
Se você me citar algum oficial judeu, ou mesmo algum primeiro-ministro judeu("que é o que importa") nos países do entorno, aí dou a mão à palmatória. Árabes palestinos não servem no exército israelense. Por que será? As razões deixo pra sua imaginação.
"Que tal as humilhações nos pontos de controle?" Que tal a explosão de bomba na estação de ônibus mais movimentada de Jerusalém? Ou a degola premeditada de 5 membros de uma família, inclusive de um bebê de 3 meses?
As colônias na Cisjordânia são uma aberração e acho que se os religiosos direitistas quiserem ficar por lá, deveria ser por sua conta e risco, com exceção das duas maiores, que poderiam ser trocadas por terras equivalentes em Israel.

Anônimo disse...

O mundo árabe é tão vasto, com cerca de 300 milhões e Israel com 6 milhões de judeus e 1,5 de árabes. Porque os judeus não podem ter o seu cantinho? Você chamaria a França de estado de apartheid porque ela quer ser e é reconhecida como o estado dos franceses?
O rompimento, de fato é triste, mas pra quem ao longo dos séculos já passou por tantas tribulações (pra dizer o mínimo) também será absorvido.
Finalizo com uma parábola de Isaac Deutscher, pensador trotskista, membro do PC russo e perseguido por Stalin:
Um homem pulou do último andar de uma casa em chamas, na qual muitos membros de sua família pereceram. Conseguiu salvar sua vida; mas, na queda, atingiu uma pessoa que estava próxima, quebrando-lhe a perna e os braços. Para o homem que saltou não havia escolha; porém, para o que teve suas perna e braços quebrados, aquele homem era a causa de sua desventura. Se os dois agirem com a razão não se tornarão inimigos. O homem que escapou da casa em chamas, ao recobrar-se, poderia ter tentado socorrer e consolar o outro sofredor; este poderia perceber que fora vítima das circunstância que nenhum dos dois controlava. Mas observem o que acontece quando essas pessoas se comportam irracionalmente. O que ficou ferido culpa o outro pela sua desgraça e jura que o fará pagar por isso. O outro, temendo a vingança do homem que aleijou, chuta-o, insulta-o e surra-o toda vez que que o encontra. O homem pisoteado jura vingar-se e, de novo, é esmurrado e castigado. A inimizade, tão fortuita no começo, agravou-se e eclipsa a existência inteira daqueles dois e envenena seus espíritos.

zedasilva

José Elesbán disse...

EStamos falando de israelenses e palestinos. Você pergunta sobre um primeiro-ministro judeu nos países árabes ao redor de Israel. A ideia é assemelhar Israel às ditaduras que o rodeiam? Mas Israel não gosta de dizer que Israel é a democracia da região?
E aí você diz que o problema não é simples, e se fosse simples já estaria resolvido. Bom então é para ficar como está? 6 milhões de judeus, e 1,5 milhão de árabes-isralenses, mais 1,5 milhão de palestinos "enguetados" por Israel e EGito em Gaza, mais 2,5 milhões de palestinos na Cisjordânia. Esses 4 milhões de palestinos vão ser tornados cidadãos israelenses (e aí Israel não será mais um estado judeu)? OU permanecerão para sempre sub-humanos, tratados como escória pela IDF, Tendo a terra tomada e as plantações queimadas? Ou talvez você advogue uma limpeza étnica de uma vez? Toda terra entre o Mediterrâneo e a margem ocidental do Jordão para os judeus? É isto?

José Elesbán disse...

De fato, as guerras de 1948 e 1967 foram de risco para Israel. Mas isso já não é o caso.
Em 1973, sob ameaça de extinção, parece que a primeira-ministra Golda Meir levantou a possibilidade de usar bombas atômicas contra os vizinhos. Que tal? Israel nunca mais esteve em risco desde então, e pelo contrário, se tornou o agressor da região.

José Elesbán disse...

Se estradas exclusivas para judeus na Cisjordânia, os pontos de controle que impõem dificuldades de locomoção para os palestinos entre cidades da Cisjordânia, as prisões administrativas por tempo indeterminado de suspeitos de terrorismo e de ativistas de direitos humanos, o muro não sinais de um apartheid, são o quê?
Tu propões o quê? Manter assim? Sinto muito, é manter um sistema de apartheid. Um sistema injusto, para uma nação que nasceu como "lar para os judeus" e uma utopia igualitária.