A CPI das Armas, aberta no início de março na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), pelo deputado Marcelo Freixo (PSol), revisita um tema já investigado pela Câmara dos Deputados, em apuração concluída em 2006. Entre os principais representantes da sociedade civil que auxiliaram os parlamentares estava Antonio Rangel Bandeira, pesquisador do projeto de Controle de Armas da ONG Viva Rio. O sociólogo foi o primeiro a ser ouvido pela CPI fluminense, em sessão na segunda-feira 21. Coube ao acadêmico, autor de uma pesquisa sobre o tráfico de armas no Brasil, situar os deputados sobre os números e principais resoluções obtidas pela pesquisa e a CPI do Congresso.
Bandeira, em entrevista à CartaCapital, detalha os pontos e propostas apresentadas em sua fala na Alerj. Para ele, a Comissão deveria concentrar seus esforços em investigar o tráfico interno de armas, que corresponde a 93% do armamento ilegal do país. Pelo levantamento, 63% destas armas foram vendidas de forma legal antes de entrarem para o mercado negro. “Isso demonstra que não há controle interno. As armas saem dos fabricantes e caem na mão do crime organizado. Quem tem que responder por isso são as autoridades brasileiras de fiscalização. Jogam essa cortina de fumaça para dizer que as armas do narcotráfico vêm de fora.”
Confira a entrevista na CartaCapital, via Luís Nassif.
Um comentário:
Eu não esperava por estas informações.
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