Uma foto de Billy the Kid, tirada nos anos 80 do século XIX, a única existente do bandido cinematográfico, foi leiloada dias atrás nos Estados Unidos e arrematada por mais de 1 milhão de dólares. Pergunto aos meus botões quanto valeria o Partenon, ou um arquipélago do Mar Egeu. Inimaginável, respondem. Até um certo ponto, digo eu.
À deriva de uma Europa assolada pela crise econômica e financeira, à custa de um buraco negro, abismo vertiginoso de mais de 600 bilhões de euros, para cobri-lo a Grécia anuncia o propósito de pôr em leilão o seu inestimável patrimônio artístico e natural. Daí a lógica da pergunta acima. Poderia, porém, dirigir muitas outras ao Oráculo de Delfos. Que diria Homero? Ou, ao se falar no Egeu, o seu herói mais humano, o Odisseu? Ou a poetisa Safo, ou outro que versejava, Teócrito, a pressagiar Caymmi, escrevia “deixa que o mar azul quebre sobre a praia, mais doce a seu lado transcorrerei a noite”?
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Um comentário:
Triste.
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