“Não, não é um quadro com o de 1929. Aquele teve um ápice, com recidivas, mas ensejou um desdobramento político que inauguraria um outro ciclo, com Roosevelt e o New Deal. O que passamos agora é distinto de tudo isso”, diz a economista Maria da Conceição Tavares, em entrevista à Carta Maior. E adverte: “Todavia não menos grave e talvez mais angustiante. É um colapso enrustido, arrastado, latejante. Sim, você tem a comprovação empírica do fracasso neoliberal; mas e daí? São eles que estão no comando, ou será o quê esse arrocho fiscal nos EUA enfiado pelo Tea Party na goela do Obama? Vivemos um colapso do neoliberalismo sob o tacão dos ultra-neoliberais: isso é a treva!"
Saul Leblon
O agravamento da crise mundial, com suas manifestações mórbidas de ortodoxia fiscal nos EUA e, antes, com o martírio inútil da Grécia, mas também com as manifestações de indignação que tomam as ruas do mundo, em contraste com o alarme sangrento da intolerância neonazista na Noruega, rompeu a blindagem de opacidade e resignação que revestia a crise mundial.Vejam a entrevista em CARTA MAIOR
Nenhum comentário:
Postar um comentário