domingo, 14 de agosto de 2011

NA CRISE, AMÉRICA LATINA SEGUE À ESQUERDA

Realizadas neste domingo, as eleições primárias da Argentina confirmaram o favoristismo de Cristina Kirchner na corrida para o pleito presidencial de outubro próximo. Pesquisas indicam a candidata à releição com cerca de 20 pontos à frente do segundo colocado do Partido Radical. Pelo sistema eleitoral argentino, basta uma vantagem de 10 pontos em outubro  para consagrar Cristina vitoriosa em 1º turno. Ao contrário da líder peronista sempre demonizada pela mídia, o direitista Sebástian Piñera, no Chile, vê sua aprovação derreter. O milionário presidente chileno conta hoje com apenas 26% de apoio popular e acaba de reforçar a participação de pinochetistas no seu ministério em resposta às manifestações de massa dos estudantes contra a política educacional herdada da ditadura militar. Quando tomou posse em janeiro de 2010, Piñera chegou a ser apontado pelo jornalismo  conservador  como o símbolo de uma guinada latinoamericana "rumo à direita moderna". Com a vitória de Dilma no Brasil, a de Humala, no Peru, o fortalecimento, agora, de Cristina , na Argentina e o pleno entendimento entre Brasil e Argentina sobre o papel da Unasul na economia regional (leia o comentário do colunista Eric Nepomuceno, nesta pag) desenha-se uma América Latina diferente do desejo conservador: pronta para enfrentar a crise pela via da esquerda. 
 
(Carta Maior; 2º feira, 15/08/ 2011)
 

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