terça-feira, 6 de setembro de 2011

José Paulo Bisol está vivo, passa bem e continua a pensar, para nosso gáudio

"E sempre que acontece um golpe de direita, a primeira força que se coloca do lado desse golpe, que é utilizada por esse golpe, é a Igreja. A segunda é a Justiça. Essas duas entidades são a coisa mais triste que existe na história da humanidade. Eu estava lá na Justiça. Meu professor de Direito Constitucional foi o Paulo Brossard. E o sujeito armou a derrubada do Jango! Ele me ensinava Direito Constitucional! Depois, durante o governo militar, ele foi, no Congresso, o “representante máximo da democracia”. Do outro lado estava um militar, o Jarbas Passarinho. Esse Brossard, um “modelo de democracia” – democracia virou brincadeira neste país, sabe? Um sujeito que armou a queda: “Não podia, Jango não pode”. Uma mera adversidade política explica qualquer ato moral. Quer dizer, o cara deixa de ser constitucional no “Jango não pode”. Não sou a favor nem contra o Jango. Não é isso. Só que ele não era comunista e todo mundo sabe disso. E, de repente, o professor de Direito Constitucional está contra a Constituição, porque ele é contra o Jango. Que valores são esses? Parece que a Constituição tem uma importância tremenda, mas o que tem a importância é o seu jogo partidário. Entende o que eu quero dizer? Decepção profunda…
[...]
Sul21 – E o senhor ficou esperando um convite do Brizola para entrar no PTB ou já no PDT?

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