LONDRES (Reuters) - Soldados britânicos bateram até a morte em um civil iraquiano em um ato de "violência brutal e não justificada", que deixou uma "mancha muito grande" nas Forças Armadas da Grã-Bretanha, concluiu um inquérito nesta quinta-feira.
O ex-juiz William Gage, que liderou a investigação de três anos, disse que oficiais de alto escalão deveriam ter feito mais para evitar a morte, em 2003, de Baha Mousa, funcionário de um hotel, e as agressões de soldados britânicos contra outros nove detentos no Iraque.
Mousa, de 26 anos, foi diversas vezes chutado e espancado durante um período de 36 horas, enquanto era mantido em um bloco de detenção em uma base militar britânica na cidade de Basra, sul do Iraque.
Encapuzado e algemado, ele sofreu 93 ferimentos visíveis, incluindo um nariz quebrado, costelas quebradas e contusões ao longo do corpo, apontou o inquérito.
Um soldado britânico, o cabo Donald Payne, vangloriou-se em frente aos colegas por ter conduzido um "coro" ao bater em Mousa e nos demais prisioneiros a ponto de eles chorarem em sequência, de acordo com a investigação. Outro soldado disse que, na manhã seguinte à prisão, os detentos pareciam ter sofrido um acidente de carro.
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