Cai o primeiro ministro grego Yorgos Papandreu, substituído por um
emissário do sistema bancário. Cai o Presidente do Conselho Italiano,
Silvio Berlusconi, substituído por outro tecnocrata interlocutor do
sistema financeiro. A crise da dívida cobrou mais do que estas duas
vítimas: na Espanha modificou a agenda eleitoral, em Portugal os
partidos implementaram reformas ditadas pelo Fundo Monetário
Internacional e pelo Banco Central Europeu, na Irlanda o desastre
conduziu ao mesmo beco sem saída.
A democracia européia se
converteu em uma democracia de banqueiros. A vontade das maiorias foi
substituída por dirigentes saídos do coração dos bancos e que jamais se
expuseram ao voto nem conquistaram nunca um mandato eletivo. O medo das
urnas, ou seja, que o eleitorado rejeite os ajustes e a guilhotina
social, conduz a colocar marionetes dos bancos à frente do Estado. Nunca
como agora a ditadura dos mercados havia forçado o destino dos povos.
As agências de qualificação desfazem as maiorias eleitas e as substituem
por representantes da racionalidade financeira, as contas sem déficits e
artesãos da decapitação social.
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Um comentário:
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