quarta-feira, 16 de novembro de 2011

No Parque Zucotti, a polícia protegeu o 1%

Às 04h em Lower Manhattan, conforme os restos do que sobrou do acampamento do Occupy Wall Street são colocados em caminhões de lixo, alguns manifestantes ainda não desistiram da polícia. Kevin Sheneberger tenta envolver um policial em um sério debate sobre o papel das forças de segurança em protestos populares. Enquanto isso, ele vê a barraca de um colega sendo jogada fora. Atrás dele, uma garota segura um cartaz com os dizeres: "NYPD, nós confiávamos em vocês – vocês deveriam nos proteger!"

O sentimento é familiar. Na Europa, após um ano de manifestações, ocupações e desobediência civil, manifestantes contrários aos planos de austeridade alteraram o discurso de apoio aos policiais – trabalhadores cujos empregos e aposentadorias também estão sob ameaça – para um de revolta e raiva contra a violência cometida contra civis desarmados. Após a brutalidade da polícia mês passado, em Oakland, e a recente desocupação do acampamento do Occupy Wall Street, ativistas norte-americanos também estão chegando à conclusão que “a polícia protege o 1%".

A noção de que as forças policiais estão lá para proteger uma elite econômica do resto da população não é novidade para as minorias étnicas carentes, muitas delas submetidas a intimidações em suas comunidades por anos, mas para aqueles vindos de estruturas mais abastadas, o primeiro spray de pimenta é um ensinamento importante da relação entre o Estado e os cidadãos no Ocidente. “Para quem vocês trabalham?”, grita um manifestantes em Manhattan, enquanto a polícia carrega uma van com objetos. “Vocês trabalham para o banco JP Morgan!”




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Um comentário:

José Elesbán disse...

Que decepção para essa gente.