terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mario Monti acha a Grécia um caso de sucesso

O primeiro compromisso público de Mario Monti após sua indicação como senador vitalício e virtual primeiro ministro italiano foi ir à missa com a esposa. Muito apropriado. A família da península respira aliviada, após anos de correrias e festas atrás de modelos e atrizes de tirar o fôlego. Uma mudança estrutural aconteceu. Muda-se meio lampedusamente, para que nada mude, diga-se de passagem.

Monti é a versão italiana dos tecnocratas latinoamericanos que se instalaram em sucessivos governos, das ditaduras às gestões ultraliberais. Anódino, voz monocórdia quase enfadonha e formado em Yale, parece ser o homem que vai fazer o que tem de ser feito. Não foi eleito por ninguém, é tido como “independente”, avesso à vida partidária, além de nunca ter se “sujado” nos balcões de negociação da administração pública. Foi muito bem quisto pelas administrações Prodi e Berlusconi. No Brasil, seria um ídolo do movimento “Cansei”.


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