A Assembleia-Geral das Nações Unidas reconheceu nesta quinta-feira 29
a Palestina como Estado observador não-membro, uma elevação de status
que, espera a liderança palestina, poderá levar ao estabelecimento do
país de fato e de direito. A votação, realizada na sede da ONU, em Nova
York, foi encerrada de forma acachapante: 138 países votaram a favor do
reconhecimento, enquanto nove foram contra (Israel, Estados Unidos,
Canadá, República Tcheca, Panamá, Palau, Ilhas Marshall, Micronésia,
Nauru) e 41 se abstiveram.
A votação proporciona dois resultados simbólicos imediatos. Pela
primeira vez na história, as fronteiras de 1967 da Palestina (composta
pelo território da Cisjordânia e da Faixa de Gaza) é reconhecida como
Estado pela ONU e não mais como “entidade”. A partir de agora, ao menos
no papel o país chamado Palestina existe, apesar de ainda não ter a
mesma forma de existir como a de outras nações reconhecidas como
integrantes plenas da ONU. Isso serve para reforçar a chamada “solução
de dois Estados”, por meio da qual dois países diferentes, um para os
judeus e outro para os palestinos, devem existir.
O segundo peso simbólico da decisão é o impressionante isolamento de Israel na comunidade internacional. (...)
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