Cúrzio Malaparte escreveu, em 1931, seu livro
político mais importante, Técnica del
colpo di Stato: envenenamento da opinião pública, organização de quadros,
atos de provocação, terrorismo e intimidação, e, por fim, a conquista do poder. Malaparte escreveu sua obra quando
os Estados Unidos ainda não haviam aprimorado os seus serviços especiais, como
o FBI - fundado sete anos antes - nem criado a CIA, em 1947. De lá para cá, as coisas mudaram, e
muito. Já há, no Brasil, elementos para a redação de um atualizado Manual do Golpe.
Quando o golpe parte de quem ocupa o governo,
o rito é diferente de quando o golpe se desfecha contra o governo. Nos dois
casos, a ação liberticida é sempre justificada
como legítima defesa: contra um governo arbitrário (ou corrupto, como é mais freqüente), ou do governo contra os inimigos da pátria. Em nosso caso, e de
nossos vizinhos, todos os golpes contra o governo associaram as denúncias de
ligações externas (com os países comunistas)
às de corrupção interna.
Vejam mais no blog do MAURO SANTAYANA
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