Mauro Santayana
O
caminho encontrado pelos Estados Unidos para ampliar a sua espionagem no mundo
pode ser definido com um vocábulo bem brasileiro: tratou-se e se trata de uma
grande lambança. Dominada a República
pelo fundamentalismo mercantil (a expressão é de Celso Furtado), o governo de
Washington, já a partir de Bush, terceirizou
a mais grave obrigação dos estados nacionais — a segurança de suas fronteiras e
de seus povos. Depois de contratar mercenários para os combates, passou a
contratá-los para definir a estratégia internacional do país.
Espionar os eventuais inimigos é
uma prática universal, desde que se desenharam as fronteiras políticas. Os
espiões têm que ser recrutados com extremo cuidado a fim de que se garanta a
sua lealdade. Ainda assim, os riscos são imensos, porque não há só a
espionagem; existe também a contraespionagem. Por isso mesmo, o mais famoso
agente-duplo do mundo, o britânico Harold Russel Kim Philby, que chefiava uma das seções mais poderosas do M-16, era
também o chefe da espionagem soviética no Reino Unido. Philby deu um sério
conselho aos jovens que sonham com o romantismo e as emoções da espionagem: trabalhassem
sempre por dinheiro, porque nunca saberiam a que país estariam servindo realmente.
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