terça-feira, 9 de julho de 2013

Caso Eike põe em xeque apoio do BNDES a megagrupos nacionais 85

O colapso do grupo EBX, do magnata brasileiro Eike Batista, põe em xeque as políticas de apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em relação a grandes grupos nacionais.

Essa é a avaliação tanto de Aldo Musacchio, professor da Harvard Business School, quanto de Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), que vêm estudando as práticas e escolhas do banco e seus efeitos sobre a economia brasileira.



Confira a reprodução de notícia da BBC Brasil, no UOL Economia.

Um comentário:

José Elesbán disse...

Outro trecho:

""É claro que não foi só o BNDES que se enganou com a EBX. Os bancos e investidores privados também acreditaram em suas promessas de grandes lucros", diz Almeida.

Para o especialista do IPEA, no entanto, a questão é que o BNDES faz empréstimos com recursos públicos e juros subsidiados e, portanto, deveria ser guiado por uma lógica diferente da usada pelo setor privado - o que não parece ser o caso.

"Poderíamos ter investido os recursos (emprestados ou usados para adquirir participações no grupo EBX) em setores que nos levassem a criar tecnologias novas e não vão se desenvolver se não tiverem incentivos", diz Almeida.

"É claro que também há riscos nessa opção, mas um risco justificado pelos potenciais benefícios em termos de aprendizado, de mudança estrutural no setor produtivo que ajudariam a diversificar a economia do país e lhe dar mais perspectivas no longo prazo. Não vejo o que ganharíamos apoiando um grande grupo como o EBX, que além de ser mais capaz de captar recursos no setor privado atua em áreas em que o Brasil já é 'forte', já tem vantagens comparativas.""