terça-feira, 21 de agosto de 2007

Videogames e política

"O grupo xiita libanês Hizbollah lançou um jogo de computador baseado no conflito ocorrido no ano passado entre o seu braço militar e Israel. O jogo, chamado de Special Force 2 (Força Especial 2), permite ao jogador destruir tanques israelenses, atirar ou capturar soldados inimigos e até lançar foguetes Katyusha sobre cidades do norte de Israel. A ação é ambientada nos vales e planícies do sul do Líbano.
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Kheir [assessora de imprensa do Hizbollah] defende a divulgação dos jogos de ação entre os jovens. "Nós estamos sujeitos a críticas do mesmo modo que outros jogos no Ocidente sofrem críticas por alimentarem a violência." A porta-voz citou o governo dos Estados Unidos, que financia o jogo America's Army (Exército dos EUA), em que muitas das missões consistem em matar supostos 'terroristas' árabes. "Isso também não seria uma cultura de violência e ódio aos jovens?", perguntou ela.
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Essa não é a primeira vez que o Hizbollah lança um videogame. Em 2003, o grupo lançou Special Force, ambientando o jogador em batalhas no sul do Líbano durante os anos da ocupação israelense (que durou 22 anos e terminou em 2000). Na época, segundo o Hizbollah, o jogo também foi vendido em países como Síria, Irã, Barein e Emirados Árabes Unidos. "Na época criamos o primeiro jogo porque víamos nossos jovens, que gostam de videogames como qualquer pessoa no mundo, jogando jogos que mostravam árabes como vilões e terroristas", disse Wafah."

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