O show "Tributo contra o Tributo" contra a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), no vale do Anhangabaú (região central de São Paulo), frustrou as expectativas de seus organizadores e reuniu apenas 15 mil pessoas, segundo estimativa feita pela Polícia Militar às 20h15. Quarenta minutos antes, a estimativa era de 7.000 pessoas.
Os organizadores do show, liderados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), esperavam reunir um público de 2 milhões de pessoas no vale do Anhangabaú e arredores.
O empresário André Skaf --filho do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e um dos idealizadores do show-- explicou que a intenção da organização era "encher" o vale do Anhangabaú para conscientizar o máximo de pessoas. Por volta das 19h, André disse que a expectativa era reunir 250 mil pessoas, mas preferiu não comentar a redução do público.
O texto continua na Folha Online.
10 comentários:
Juro que não entendo como vocês conseguem ser tão governistas assim. Heh.
Tá legal, vamos acabar com a CPMF agora. JÁ!.
E aí? Estes 42 bilhões não vão fazer nenhuma falta ao Orçamento da União?
Quem é que vai pagar a conta? A patuléia, é claro.
Ao contrário do que pensa a elite cruel e canalha, o povo não é trouxa.
Quáquaquaraquaquá!
Que reação emocional exagerada, não?
Não acho que seja necessário acabar com a CPMF já, embora seja claro que o governo teria condições de arrumar a casa sem a CPMF, já que a arrecadação cresce dia a dia. O interessante é o seguinte: se o argumento viesse do PSDB, a sua reação seria totalmente diferente. E é isso que é estranho: por que PT e PSDB têm propostas tão parecidas quando governo e tão diferentes quando oposição? Respondo: são duas faces de uma mesma moeda, com aparências opostas, mas são a mesma moeda.
Elite? Quem disse que eu sou da elite? Aliás, aposto alto que v. seja de um estrato social bem superior ao meu; o que, claro, só torna a situação ainda mais curiosa.
Considero a arrecadação a partir do controle da movimentação financeira muito mais justa do que os impostos que incidem sobre os produtos de consumo, por exemplo. Naquela, quanto maior for seu movimento financeiro, mais imposto você paga. Nos impostos que incidem sobre os produtos de consumo, se uma pessoa possui renda mensal de R$ 1 milhão e outra de R$ 100,00, as duas pagam o mesmo valor de imposto sobre o produto consumido. Além do que, em relação aos impostos sobre o consumo é grande a sonegação enquanto nos impostos sobre movimentação financeira é praticamente nula. Achei também interessante o sistema de tributação de propriedades na Alemanha. Se você somente possui a propriedade onde vive, praticamente não paga impostos. Se além da propriedade onde você vive, possui outras propriedades para exploração, os impostos são gradativamente mais pesados à medida que você tenha mais propriedades, principalmente se você não as utiliza (especulação).
Fica o desafio ao Jens: quem é o mais rico, educado e bonito? Ele ou este Adriano?
Garanto que o calvo e gordo cá não é o mais bonito; garanto também que as dívidas em meus vinte anos também asseguram: não sou o mais rico, de forma alguma; em relação a ser educado, no sentido de polido, digamos simplesmente que eu cague para isso. (:
Agora, em relação ao mais governistas e mais ideólogos... digo-lhes: parabéns, vocês ganharam!
Eu sou rico, bonito, charmoso e educado nas melhores escolas da Inglaterra (entre outras, passei uma longa temporada no Eton College).
De fato, se a proposta viesse do governo de FHC minha posição seria outra (sim, eu tenho lado. Eu sou governista), visto que a política do governo Lula parece ser idêntica a de FHC, mas não é. Especialmente nas ações sociais voltadas para os que tem menos (para onde vai uma boa parte da CPMF). É só olhar para ver ou perguntar para quem está na base da pirâmide social, a maioria dos que garantiram os 60 milhões de voto da reeleição. O povo não é trouxa.
Ah sim, a elite. Assim com existem pessoas ricas, belas, charmosas e de educação refinada - como eu - que são de esquerda, o contrário também existe.
Saudações socialistas.
Bom, de minha parte, posso dizer que este Governo Federal que aí está não é o o governo dos meus sonhos, mas ainda é o governo em que votei, e que, com todos os seus problemas, é o que defendo.
Como disse o Jens, parece o de FHC, mas, me parece, tem algumas sutis diferenças.
As diferenças entre o governo de FHC e de Lula na área social são cosméticas; o Bolsa-Família não passa da unificação e ampliação de programas sociais que já existiam anteriormente; o mínimo de honestidade intelectual exigiria que se o reconhecesse.
Em relação aos que estão na base da pirâmide social, vale lembrar que foram os mesmos que elegeram FHC por duas vezes, à diferença de que o sociólogo ganhou no primeiro turno em ambas as ocasiões — e o mesmo não se pode dizer de Lula.
Em relação ao seu último comentário, só posso dizer que ele é praticamente irrespondível, embora seja possível encontrar nele a típica hipocrisia do pó de arroz de uma elite que se veste de socialista, de forma a aliviar a sua má consciência.
E, sim, dou-lhe de barato os adornos, em se tendo que não são os contornos que delineam a capacidade intelectual ou a honestidade e a sinceridade de uma pessoa.
Caro Adriano,
"(...) típica hipocrisia do pó de arroz de uma elite que se veste de socialista, de forma a aliviar a sua má consciência". Gostei da frase. Mas eu só mudaria algumas coisas, do tipo, "típico cinismo de quem não concebe acreditar que venha a existir o governo perfeito, então o jeito será conviver com os menos ruins, até porque a má consciência de maneira nenhuma será aliviada". Que tal? Liberais do século XX, em grande parte solaparam o socialismo real existente, quando atacaram a pretensão dos governos socialistas existentes de estarem seguindo o rumo da história, numa trilha cientificamente descoberta e determinada.
Tu estás atrás do governo perfeito?
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