Na Itália, em 2005, 1,1% da população consumia pó; hoje, 2,1%. O consumo triplicou na França entre 2000 e 2005, está hoje em 0,6% da população. Entre 1998 e 2006, dobrou no Reino Unido. Cheiram 2,4% dos adultos. (Sim, o Reino Unido também ultrapassou a marca norte-americana.)
O motivo é a valorização do euro. Partindo da América Latina, narcotraficantes começaram a investir pesadamente no mercado europeu, que paga mais caro. Estão, literalmente, criando mercado onde não havia.
O resultado da cocaína é que está nascendo um processo para lavagem de euros que não havia. O país em que mais notas de 500 euros circulam, não à toa, é a Espanha. São notas raras, até por se tratar de uma soma que se paga, normalmente, com cartão de crédito, cheque ou transferência bancária. Quem precisa andar com grandes quantidades de dinheiro vivo, no entanto, dá preferência a elas. Naturalmente.
Os euros em dinheiro são trazidos de volta para o continente sul-americano e, em geral, trocados por casas de câmbio. Países envolvidos? Colômbia, Peru, Chile e Brasil.
Do Weblog do Pedro Dória.
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