Assim começa o primeiro capítulo de um livro que acaba de ser lançado na Itália pela editora Adelphi, de autoria do jurista Guido Rossi, professor da Universidade de Milão, e intitulado Mercado d’Azzardo, mercado de azar.
A tese central do livro, a desenvolver uma análise bem documentada e profundamente aguda, é de que somente a lei pode salvar o capitalismo. “Não surpreende, nesta altura – escreve Rossi – que a capitalização da Bolsa chinesa tenha ultrapassado o Produto Interno Bruto do país, e que entre as dez sociedades mais capitalizadas do mundo três sejam chinesas.” E logo adiante: “As corporações são os verdadeiros protagonistas da cena econômica contemporânea (...) e sancionam a divisão do mundo entre ricos e pobres: 93% das 200 principais sociedades pertencem a sete países”.
Os grandes grupos internacionais integram um sistema de troca paralela, acima do mercado e da lei. As bolsas são cassinos e o capitalismo financeiro funciona a seu talante com o beneplácito, mais, a submissão da política. Neste quadro, traçado com raro brilho e fluência, teriam de ser encarados desenvolvimentos da situação global que julgamos meramente políticos, na acepção tradicional.
Situações, por exemplo, como a da Itália, a correr o risco do retorno de Silvio Berlusconi e dos seus aliados da direita. Ou da França, entregue a Sarkozy. Quem sabe houvesse condições para repensar no declarado passamento das ideologias, desejado, anunciado e assentado pelos conservadores. Mas deus mercado também significa deus dinheiro, e diante dele a política cai em genuflexão. Quem reage, até a favor da sobrevivência do capitalismo pelos caminhos de uma lei internacional a ser cumprida à risca, milita do lado oposto. Seria esta a idéia de uma nova esquerda? Do blog de Mino Carta.
A tese central do livro, a desenvolver uma análise bem documentada e profundamente aguda, é de que somente a lei pode salvar o capitalismo. “Não surpreende, nesta altura – escreve Rossi – que a capitalização da Bolsa chinesa tenha ultrapassado o Produto Interno Bruto do país, e que entre as dez sociedades mais capitalizadas do mundo três sejam chinesas.” E logo adiante: “As corporações são os verdadeiros protagonistas da cena econômica contemporânea (...) e sancionam a divisão do mundo entre ricos e pobres: 93% das 200 principais sociedades pertencem a sete países”.
Os grandes grupos internacionais integram um sistema de troca paralela, acima do mercado e da lei. As bolsas são cassinos e o capitalismo financeiro funciona a seu talante com o beneplácito, mais, a submissão da política. Neste quadro, traçado com raro brilho e fluência, teriam de ser encarados desenvolvimentos da situação global que julgamos meramente políticos, na acepção tradicional.
Situações, por exemplo, como a da Itália, a correr o risco do retorno de Silvio Berlusconi e dos seus aliados da direita. Ou da França, entregue a Sarkozy. Quem sabe houvesse condições para repensar no declarado passamento das ideologias, desejado, anunciado e assentado pelos conservadores. Mas deus mercado também significa deus dinheiro, e diante dele a política cai em genuflexão. Quem reage, até a favor da sobrevivência do capitalismo pelos caminhos de uma lei internacional a ser cumprida à risca, milita do lado oposto. Seria esta a idéia de uma nova esquerda? Do blog de Mino Carta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário