sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O roubo do mapa do tesouro da Petrobras

As oportunidades históricas não se repetem. Elas são, como na metáfora política mineira, cavalos encilhados que param diante da porteira. Neles montamos, ou os vizinhos deles se apropriam para o galope. Nesses momentos, nos quais o possível se torna provável, temos que ser particularmente vigilantes. Sem cair na perversão xenófoba do nacionalismo, cabe-nos zelar intransigentemente pelos nossos bens - e nossos segredos. O roubo de documentos da Petrobras, relativos a pesquisas sísmicas realizadas pela empresa, não é mera operação de espionagem industrial. Trata-se da carta do subsolo marinho em grande parte do litoral, com seus recursos minerais, que não se limitam apenas aos hidrocarbonetos. Ao irem além da densa camada de sal, os nossos pesquisadores abriram nova fronteira ao conhecimento do planeta.

O governo deve empenhar-se a fundo, não só a fim de descobrir quem, e como, se apropriou desses papéis, mas também para orientar a Petrobras no sentido de guardar apropriadamente os seus segredos - que são nossos. Cabe a embaraçosa pergunta: se é verdade que o correio entre as plataformas submarinas da Petrobras e os seus escritórios centrais é confiado a uma empresa estrangeira, por que isso ocorre?
Mauro Santayana, no Jornal do Brasil de hoje. Leia todo o artigo aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

Estamos vivendo numa nova 'era', mas as formas de fazer são sempre as mesmas. Século 21 é para idealistas, pois o que se vê é que as práticas usadas no século passado, ainda estão em 'uso'. Terceiro mundo é lamentável . . .