terça-feira, 10 de junho de 2008

Análise: situação de Yeda no RS é semelhante à de Lula no mensalão

Em quase um ano e meio de mandato, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), enfrenta o pior momento no comando do Estado.

O vice-governador, Paulo Feijó, do DEM, divulgou gravação telefônica que aponta para a existência de um suposto esquema de desvio de dinheiro público para financiar partidos aliados. A conversa divulgada foi entre Feijó e ex-chefe da Casa Civil do governo, Cézar Busatto. Na conversa, Busatto afirma que o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul), o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e o Daer (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem) são fontes de financiamento de campanhas eleitorais.

Após a denúncia, Busatto e mais o secretário-geral de governo, o chefe do escritório do Estado em Brasília e comandante da polícia militar foram exonerados. Uma CPI, que já apurava irregularidades no Detran gaúcho, investiga o caso na Assembléia Legislativa.

Para Carlos Arturi, chefe do departamento de Ciências Políticas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a atual crise no Estado é semelhante à crise do mensalão que balançou o governo Lula, em 2005, quando o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciou o esquema de pagamentos periódicos para parlamentares da base aliada.

O texto completo é do UOL Notícias.

6 comentários:

Anônimo disse...

Discordo categoricamente. Se houvesse uma só gravação telefônica de Zé Dirceu, cairia o presidente. Outra diferença é mais fundamental: a credibilidade. Yeda já era rejeitada pela maioria da gauchada antes deste episódio, o pior governo da história segundo as pesquisas. Nada do que saia do governo é levado à sério, ao contrário do governo federal que conseguiu reeleger-se em meio à crise e o candidato de oposição fez menos votos no segundo turno que no primeiro. Com Lula a vida melhorou para um número considerável de pessoas, e com Yeda, para quem avida melhorou?

zejustino disse...

Concordo com o "anônimo". Foi uma tremenda forçada de barra do professor fazer essa comparação. No caso do tal "mensalão" (apelido criado pelo único réu confesso) o Presidente Lula e seu governo ficaram expostos a difamações, calúnias, mentiras e teste de hipótese da mídia corporativa. No caso da governadora, a mesma mídia a blinda com omissões ou com tentativas de desvio de atenção (estão requentando os casos Bancoop e Varig).

Espero que a declaração do professor não seja uma tentativa de livrar a pele (para não dizer outra coisa) da governadora tentando fazer uma falsa comparação e, com isso, angariar alguma simpatia do povo gaúcho. Uma das causas do fiasco das CPIs contra este governo federal foi a antipatia despertada pelos falsos moralistas do Congresso que utilizaram as sessões e as tribunas para arrotar diatribes e baboseiras. Enquanto os deputados do PT e do PCdoB pediam a todo instante que as investigações deveriam ser aprofundadas, os outros faziam discursos e inventavam historinhas para aparecer sob os holofotes.

E deu no que deu. Bastaram dois anos apenas para que todos percebessem porque a tal oposição não queria ir a fundo na investigação do Caixa 2, ou mensalão, ou qualquer outra baboseira que queiram apelidar.

Portanto, a tal governadora não esteve e não estará expostas às diatribes e falsos-moralismos da mídia "responsável" (também conhecida como PIG ou imprensalão).

Anônimo disse...

O texto dessa notícia é um exemplo do modelo de manipulação do PIG.

Anônimo disse...

Resumindo, o professor deu a entender que em Brasília os políticos eram ladrões profissionais. Aqui no RS foram muito amadores.

Quebra-queixo

José Elesbán disse...

"Mensalão" de fato foi um termo inventado pelo réu confesso do caso, e amplamente apoiado pela grande mídia.
Agora que deve ter havido um problema de caixa 2 no Congresso, deve ter. Mas cabe aguardar o processo, que, é claro, esperamos que acabe antes da aposentadoria do Ministro Joaquim Barbosa.

zejustino disse...

Também concordo que cabe a nós aguardar o processo e esperar também que o Ministro Joaquim Barbosa não ceda às chantagens da mídia corporativa. A foto do terminal de um dos ministros num certo julgamento foi no mínimo um crime de violação de correspondência induzido pelo esgôto da imprensa brasileira.

Portanto, o mínimo que esperamos dos ministros do STF é que não façam julgamento p-o-l-í-t-i-c-o que atenda seus interesses partidários e de seu grupo ou, não menos grave, atenda à chantagem de uma mídia comprometida com os interesses do Departamento de Estado ianque.