O interrogador, Deuce Martinez, um analista de voz suave que não falava árabe, havia recusado uma oferta da CIA para ser treinado numa forma de tortura chamada “afogamento simulado”. Ele escolheu deixar o uso da dor e do pânico para outros, os entusiasmados paramilitares, chamados de "knuckledraggers" pelos interrogadores mais cerebrais.
Martinez chegou depois da brutalidade. Era o mais novo bom policial com as habilidades clássicas: presença nada marcante, paciência incansável e uma disposição para ouvir as queixas e reflexões de um assassino cruel em inglês imperfeito e errado. Ele alcançou um entendimento com Mohammed que surpreendeu seus colegas da CIA.
Um sagaz oponente, Mohammed misturou desinformação e fanfarrice a detalhes de ataques, decorridos e planejados. No final, ele se tornou loquaz. “Eles tinham longas conversas sobre religião”, comparando observações sobre o Islã e o catolicismo de Martinez, lembra um oficial da CIA. Ele acrescenta que havia outro detalhe que ninguém poderia prever: “Ele escreveu poemas para a esposa de Deuce.”
O texto é do The New York Times, e está disponível integralmente no G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário