A prisão de Daniel Dantas é o desfecho, ou, melhor, um entreato da maior disputa societária da história do capitalismo brasileiro.
Para que se tenha uma idéia: algo como um bilhão e 900 milhões de dólares foram rastreados na investigação. Fortuna essa advinda de aplicadores e, quase sempre, a transitar por paraísos fiscais. Técnicos do Banco Central e da Receita Federal também trabalharam na megainvestigação pilotada pelo delegado Queiroz.
Poderia ser legalmente, e de origem legal, mas o contrário é também verdade e em relação a quantias abissais, como saberão ainda hoje, e aqui, os leitores.
Do que Terra Magazine conhece da ação deste 8 de julho e traz com exclusividade aos internautas deste portal Terra, é possível assegurar que trata-se do mais profundo mergulho nos intestinos do Brasil.
Das entranhas do que há de mais poderoso nos comandos financeiros, sociais e políticos - como conhecerão em detalhes os leitores de Terra Magazine nos próximos dias -, emerge o que a Polícia Federal, depois de 2 anos de investigações, trata como organização criminosa comandada por dois grupos distintos e dois "capos" - expressão da própria PF - que atuariam em consórcio, Daniel Valente Dantas e Naji Robert Nahas.
Dois anos de investigação, diga-se, em sua última etapa. A rigor, Satiagraha, a operação desta terça-feira 8 de julho, é filha da Operação Chacal, que em 2004 investigou e indiciou Dantas e os seus por espionagem. Com ele foi flagrada, então, a multinacional de investigações Kroll.
"Exclusivo" por provavelmente ser o primeiro informativo a noticiar os eventos de hoje. No Terra Magazine.
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