segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A absolvição de Gilmar

A propósito, nunca se falou tanto em garantias e liberdades individuais. E o julgamento terminou com a apreciação de uma proposta do ministro Cezar Peluso, que queria a punição de todos os juízes participantes de um ato de solidariedade ao juiz Fausto de Sanctis, depois da liminar e das declarações inadequadas do ministro Gilmar Mendes.

O irado ministro Peluso, --meu antigo colega de Justiça paulista---, invocou, para tanto, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, concebida, -- e ele bem sabe disso--, na ditadura Geisel e com a meta de calar os juízes. Uma lei que, ao cercear a livre manifestação do pensamento e o direito de se expressar, não foi, no particular e como qualquer rábula de porta de cadeia sabe, recepcionada pela Constituição de 1988.

Para dourar a pílula e com a anuência do ministro Peluso, deliberou-se por cobrar informações das corregedorias (órgãos disciplinares) a respeito de providências contra juízes. Como se percebe, mais uma inconstitucionalidade, por via oblíqua, para empregar a expressão mais usada ontem pela Corte.

O texto completo, do juiz aposentado Walter Fanganiello Maierovitch, está disponível no Projeto BR, do Luís Nassif.

2 comentários:

zejustino disse...

Ô Zealfredo!

Derrapei na marionese e pisei na gorduchinha. Ainda bem que já é alta madrugada (bonito isso!) e poucos devem ter percebido a minha escorregadela. :)

Já excluí o texto.

Um abraço.

José Elesbán disse...

He, he, he, ...