quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Entrevista de João Pedro Stédile, coordenador nacional do MST (Movimento dos Sem-Terra), ao portal "Globo Amazônia"
Durante esta semana, integrantes do MST estão acampados na sede do Incra de Belém exigindo uma mudança da política de reforma agrária na Amazônia. Qual é a proposta do MST para essa mudança?
Não existe uma política de desenvolvimento agrário ou fundiário para a Amazônia. Os governos, seja estadual ou federal, estão aplicando a fórmula tão simples quanto medíocre de apenas distribuir terras públicas em projetos de colonização. Não há uma política efetiva nem planejamento. Os governos federal e estaduais optaram pela distribuição de terras publicas porque não precisam enfrentar o latifúndio e o agronegócio. Dessa forma, não têm desgaste econômico de fazer a Reforma Agrária nem político com o enfrentamento da bancada ruralista. Por outro lado, se transformam em estatísticas boas para propaganda. Ou seja, são iniciativas oportunistas do governo. Um exemplo: apenas a superintendência do Incra em Santarém teria "assentado" para efeito de propaganda mais de 50 mil famílias. Esse número é superior aos seis anos de assentamentos do Governo Lula somando todos os estados da região sul e sudeste.
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