sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Estudo liga alta mortalidade em ex-países comunistas a privatizações

Um estudo britânico sugere que o drástico aumento da mortalidade masculina no início dos anos 90 em vários países que pertenciam à antiga União Soviética ou à sua esfera de influência está ligado às reformas e à rápida privatização em massa de empresas estatais que se seguiram ao colapso do comunismo.

Os pesquisadores ressaltam que as reformas provocaram um aumento rápido do desemprego e disseram que suas conclusões devem servir como alerta para outras nações que estejam começando a abraçar reformas amplas de mercado.

Foram examinadas as taxas de mortalidade entre homens com idade para trabalhar (15—59 anos) nas nações pós-comunistas do Leste Europeu e da antiga União Soviética, entre 1989 e 2002. Os pesquisadores concluíram que até um milhão destes homens morreram em virtude do choque econômico das políticas de privatização em massa.

Mais na BBC Brasil.

2 comentários:

zejustino disse...

Até que enfim começaram a fazer estudos a respeito das consequências do tal neo-liberalismo para a saúde dos cidadãos.

O pessoal da área de saúde do Sindicato dos Bancários de BH, na década de 90, já vinha constatando êsse fenômeno no meio bancário em Minas. Infelizmente, as inúmeras demissões e transferencias de militantes sindicais foram aos poucos minando a organização e pouca importância foi dada ao fato porque, naquela época, já era preocupante até a sobrevivência do próprio Sindicato.

Como bancário, cuja função era a montagem e manutenção de rede de computadores, militante sindical e duas vezes representante da CIPA pude constatar o estrago feito pela orientação tucano-pefelista na economia nos inúmeros casos de problemas de saúde e de desestruturação familiar no meio bancário. A orientação dos sabujos do Consenso de Washington teve consequencias gravíssimas no meio dos trabalhadores (demissão em massa e a famosa terceirização, que atendeu a interesses de empresas ligadas aos tucanos, são algumas delas).

Ainda padecemos dos males gerados pela economia teológica do Mercado e pela ideologia do pensamento único. A banalização da violência pode ser, por exemplo, um desses males imposto pelo paradigma do Mercado. Neste, todos nós nos tornamos mercadoria como todo o resto dos produtos e subprodutos do capitalismo. E a mercadoria, qualquer uma delas, precisa ser descartável para que a realimentação da economia permaneça ativa.

José Elesbán disse...

Pois é. Isto aqui no Brasil. Imagina em certas regiões da União Soviética onde a infraestrutura econômica foi praticamente tada destruída, por conta da "produtividade", e adequação aos valores do capitalismo.