Mas, afinal de contas, qual a pergunta feita aos eleitores nesse tal plebiscito ou "consulta"? Curiosamente, nenhum jornal brasileiro se dignou a reproduzir as famosas "cédulas impressas pelo Chavez" para que seus leitores tivessem essa informação. Procurando na internet em espanhol, consegui encontrar – ilustrando no caso uma matéria favorável à deposição de Zelaya – a reprodução anexa . O texto nas cédulas da consulta é o seguinte:
¿Está de acuerdo que en las elecciones generales de 2009 se instale una cuarta urna en la cual el pueblo decida la convocatoria a una asamblea nacional constituyente? Si / No"
http://foro.univision.com/univision/board/message?board.id=noticias...
Na minha modesta compreensão de castelhano, pelo que eu entendi o plebiscito pergunta ao eleitor o seguinte:
Você está de acordo que nas eleições gerais de 2009 se instale uma quarta urna na qual o povo decida pela convocação de uma assembléia naconal constituinte? Sim / Não
Confira o texto completo na comunidade do blog do Luís Nassif.
2 comentários:
"Ou seja: na hipótese de que o SIM fosse vitorioso nessa consulta, na eleição geral de Novembro de 2009 (aquela na qual os hondurenhos elegerão o sucessor de Zelaya) haveria uma urna adicional no qual (num novo plebiscito, suponho) o povo decidirá pela convocação ou não de uma Assembléia Nacional Constituinte.
Caso a maioria do povo eventualmente decida pela convocação dessa constituinte, me parece evidente que teriam de ser realizadas novas eleições para escolha dos membros da Assembléia.
Vamos partir do princípio de que Zelaya de fato pretenda mudar a constituição para inserir a possibilidade de reeleição para a presidência da república. A Assembléia Constituinte teria que se instalar e, como poder constituinte original, escrever uma nova Carta para Honduras sem a necessidade de manter as cláusulas petreas atuais. Nessa Assembléia, Zelaya e seus partidários poderiam propor o fim da proibição à reeleição do presidente e - se angariassem a maioria dos votos dos constituintes - conseguir aprovar essa proposta. Só que, nessa altura do campeonato, Zelaya já não estaria mais na presidência e esse direito à reeleição poderia valer para o presidente que o tivesse sucedido em Janeiro de 2010. Ou, dependendo do que for estabelecido na Carta, somente para o próximo mandatário - aquele que será eleito em Novembro de 2013."
Este é mais um trecho, mas ainda não é o texto completo.
Acho que o foco agora deveria ser desmascarar o governo dos EUA. O juridiquês só ajuda a novilíngua golpista. Leiam e ouçam o que diz James Petras.
Sugestão de documentários da VTV:
Dossier: Golpe de Estado en Honduras. Especial (04-07-2009)
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