(Com atualizações)
* A Interpol recebeu pedido de prisão contra o presidente legítimo de Honduras, José Manuel Zelaya Rosales, e publicou informe de que o pedido não será acatado (não haverá alerta vermelho). O artigo 3o. do Estatuto da Interpol proíbe ações e intervenções em assuntos políticos, e as acusações contra Zelaya foram de caráter político. Além disso, a Interpol destacou que as autoridades nacionais deliberadamente se abstiveram de realizar a detenção no próprio território, ao impedir o pouso do avião que levava Zelaya de volta a Honduras no último domingo.
* O presidente da Costa Rica, Óscar Arias, (premiado com Nobel da Paz e praticante do neo-liberalismo) vai ser mediador entre Roberto Micheletti e Manuel Zelaya, numa reunião amanhã (09/07). Ambas as partes disseram que não vão para negociar nada. Já o mediador Arias disse que as conversações não serão de igual para igual, porque o presidente reconhecido
internacionalmente é Zelaya. Autoridades golpistas impedem que ministros de Zelaya viajem à Costa Rica para tomar parte nas conversações. Também é digno de nota que, quando deportado pelos golpistas, Manuel Zelaya foi enviado justamente à Costa Rica.
ATUALIZAÇÃO: Micheletti recua e talvez não vá mais à Costa Rica. Anunciou que enviará uma comissão, cujos integrantes serão conhecidos quando partirem.
ATUALIZAÇÃO: Segundo o diário golpista El Heraldo, o usurpador de presidência Roberto Micheletti partiu para a Costa Rica para o encontro mediado por Arias.
* Os Estados Unidos da América, relutantemente, decidiram reduzir a ajuda financeira a Honduras. Ian Kelly, porta-voz do departamento de Estado, disse: Por razões políticas, nos vimos obrigados a suspender os programas de assistência".
* O Defensor (sic) dos Direitos Humanos de Honduras, Ramón Custodio López, diz que não houve golpe, e condena "terrorismo" daqueles que querem o regresso de Zelaya.
* Por sua parte, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou enfáticamente o golpe de Estado em Honduras, declarou-se preocupada com a suspensão de garantias e ampliou medidas preventivas em favor de pessoas ameaçadas. A Presidente da CIDH, Patricia Mejia, confirma constantes violações de direitos humanos.
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