Nas mesmas páginas em que chamou de ditabranda o último regime militar, a Folha de S. Paulo defendeu recentemente em editorial o fechamento da TV Brasil, por ter investimento público e baixa audiência. É natural que os oligopólios não se simpatizem com a idéia de o Brasil seguir os países ricos e democráticos, todos eles com redes públicas nas quais a informação circula livre dos interesses empresariais. Em qualquer lugar o que se espera de um jornal, mesmo daqueles que reduzem o cidadão à dimensão de consumidor, é respeito a quem o lê. O conceito parece subjetivo ou flexível, como o de ética, mas inflexível mesmo deve ser a expectativa do leitor de que seu jornal não minta. Nem esconda verdades, o que dá no mesmo. Dizer que a TV Brasil tem baixa audiência é correto. Surrupiar do leitor o contexto da notícia é que denuncia a intenção do diário paulistano de transformar interesses provincianos em nacionais, ou pessoais em coletivos. Como, aliás, sempre fez a Folha ao atacar a exigência da qualificação acadêmica para jornalistas.
O texto continua no Comunique-se.
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