Laure Brumont
Prolífico e discreto, Jean Ferrat, de 79 anos, compôs e interpretou umas 200 canções, nas quais mesclava textos comprometidos, homenagens ao poeta e novelista Luis Aragon e declarações de amor a Ardèche, sua região adotiva, donde vivia desde há muitos anos.
Nascido em 26 de dezembro de 1930 em Vaucresson (suburbios de Paris) e registrado com o nome de Jean Tenebaum, perdeu à idade de 11 anos seu pai, que era um judeu emigrado da Rússia e deportado a Auschwitz. Ferrat foi salvo graças a militantes comunistas, algo que nunca esqueceu.
Depois da Segunda Guerra mundial abandonou os estudos de bacharelado para ajudar sua familia e conseguiu trabalho como assistente num laboratório de química até 1954, época na qual começou a cantar em cabarés parisienses.
Rapidamente, Jean Ferrat decidiu interpretar textos comprometidos, como "Nuit et Brouillard" (Noite e Neblina, 1963), que fala dos horrores da deportação durante a guerra - uma canção que não foi difundida pelas emissoras - e logo "Potemkin" (1965), à glória dos marinheiros do encouraçado do Mar Negro cujo motim foi o prelúdio da Revolução russa de 1905, também proibida.
Simpatizantte do Partido Comunista sem nunca ter sido membro, Ferrat tomou certa distância em determinado momento do regime soviético.
Vejam o texto completo em REBELIÓN.ORG
Um comentário:
Para os que não conhecem Jean Ferrat, vejam os endereços abaixo:
http://jeanferrat.letrasdemusicas.com.br/
http://www.jean-ferrat.com/
É possível conseguir várias canções do Jean Ferrat em MP3 via torrent ou vídeos no YOUTUBE. Já procurei discos (CDs) dêle por aí e não achei.
Acredito também que o Jean Ferrat foi boicotado por questões ideológicas mesmo. É impossível não se sensibilizar por canções como "Les yeux d'Elsa", "Aimer à perdre la raison", "Les saisons", "Que serais-je sans tois", "Nuit et bruillard", "La montagne", "Ma France", "C'est beau la vie", "Camarade" e outras que estão acessíveis na internet.
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