Autorizada pelo governo norte-americano, que é o verdadeiro dono do prisioneiro, a França decidiu devolver ao Panamá o general Manoel Antonio Noriega, uma das figuras emblemáticas da criminalidade continental a serviço dos interesses norte-americanos. Tal como Somoza, Trujillo, Batista, Pinochet e outras figuras da mesma natureza sórdida, Noriega foi criado e amamentado pelos centros militares e serviços secretos dos Estados Unidos.
Por Mauro Santayana, em seu blog
Recrutado pela CIA aos vinte e poucos anos, depois de se preparar em escola militar peruana – de Chorillos – Noriega freqüentou a famosa Escola das Américas e o centro de operações psicológicas (leia-se, de torturas) em Fort Bragg, na Carolina do Norte. Sob a proteção de seus adestradores, ele foi, pouco a pouco, se tornando o homem forte do pequeno país da América Central, e, como Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, ditador de fato, mesmo quando a presidência era ocupada por seus prepostos de turno.
Todos os crimes cometidos por Noriega, entre eles os do tráfico de drogas (nesse caso, em parceria com a CIA, de acordo com sólidas acusações feitas pelo jornalista americano Gary Webb, em seu livro Dark Alliance) não só foram tolerados. O dinheiro obtido com o tráfico de cocaína para os próprios Estados Unidos - em grande parte, transformada em crack, para o consumo dos viciados pobres de Los Angeles – serviu para armar os contra-revolucionários da Nicarágua, nas operações comandadas por Oliver North.
Vejam o texto completo em PATRIA LATINA
Um comentário:
faltou o linque...
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