quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Monti e Papademos representam a cultura predatória do mercado, diz intelectual italiano

Mario Monti e Lucas Papademos, economistas renomados, ex-funcionários de organismos financeiros da União Europeia, porta-vozes da ditadura financeira neoliberal. Para o filósofo e ativista político italiano Franco Berardi, conhecido como “Bifo”, esse é o perfil dos novos premiês da Itália e da Grécia, nomeados após a derrubada de seus antecessores pela pressão dos mercados e dos países mais ricos da União Europeia. A missão de ambos é aplicar uma receita familiar aos países latinoamericanos, que nos anos 1980 e 1990 estiveram à mercê do FMI (Fundo Monetário Internacional): corte de gastos públicos e sociais, privatização de estatais, demissão e redução de salários e pensões. Tudo com a desculpa do resgate do equilíbrio fiscal.

“Na Europa, existe há anos um diretório financeiro que atua para um grupo hiperliberal e dogmático do Banco Central Europeu. Agora estão colocando seus homens na cúpula dos governos nacionais. A ditadura financeira fecha-se como uma corda no pescoço da democracia europeia e, o que é ainda pior, fecha-se no pescoço da sociedade europeia”, critica Berardi, em entrevista ao Opera Mundi.


Confira o restante do texto e a entrevista no Opera Mundi.