Anistia cobra rigor em investigação de tortura em Bauru
A organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional afirmou nesta quarta-feira que vai acompanhar de perto as investigações sobre a morte de Carlos Rodrigues Júnior, de 15 anos, encontrado morto no último sábado com marcas de tortura em Bauru (SP).
"Foi uma brutalidade extrema, um claro caso de tortura e execução", disse à BBC Brasil o pesquisador Tim Cahill, da Anistia. "Vamos manter contato com as autoridades e com ONGs locais para acompanhar o caso."
O representante da Anistia Internacional diz que a organização deve escrever cartas às autoridades para pressionar por rigor nas investigações.
O adolescente era acusado de roubar uma moto. Mais de 300 gramas de maconha também teriam sido encontrados na casa do rapaz. Seis policiais militares foram presos após a morte.
"Na nossa experiência, essas detenções iniciais (de suspeitos) escondem investigações fracas", afirmou Cahill. "É difícil sustentar processos como esses pela fraqueza da investigação e pela falta de testemunhas."
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Bauru, onde o jovem foi encontrado morto, encontrou indícios de 30 choques elétricos pelo corpo do rapaz.
Dois deles estavam do lado esquerdo do peito e teriam atingido o coração do rapaz, o que teria provocado uma parada cardiorrespiratória.
No veículo dos PMs presos, foi encontrado um fio descascado que pode ter sido utilizado para aplicar os choques.
Da BBC Brasil.
Um comentário:
E o governador José Serra, não tem nada a dizer? Quando houve aquele caso depolorável no Pará responsabilizaram pessoalmente a governadora Ana Júlia, por ser do PT. E agora? Na bunada do Serra não vai dinha?
Ô jornalismo canalha!
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