Ontem à tarde, o portal UOL informava que "o banco de investimentos Morgan Stanley rebaixou sua recomendação de classificação de risco para o Brasil, passando de 'igual à referência do mercado de ações' para 'abaixo da referência'. Isso se deveria a que "os investidores observam os movimentos do governo para saber como será compensada a perda de arrecadação com a CPMF, tributo que o Senado decidiu na semana passada não prorrogar". Já o "banco de investimentos Goldman Sachs avalia que o Brasil pode demorar mais para ganhar o grau de investimento dependendo da forma como o governo reagir à extinção do tributo".
Não é uma belezinha de notícia, turma? Viram só o que esses irresponsáveis da oposição e da mídia fizeram? E sabem por que? Porque o Brasil alcançar o investment grade (grau de investimento) significaria redução nas taxas de juros internacionais que paga por empréstimos e tomada de financiamentos pelos setores público e privado no exterior. Traduzindo: o país pagará mais caro pelo dinheiro externo que pedir emprestado porque a perda da receita expressiva da CPMF gerou dúvidas não só quanto à nossa capacidade de manter o superávit primário (espécie de poupança que o Estado brasileiro faz para garantir o pagamento de suas dívidas internas e externas), mas, também, quanto à capacidade do governo de implementar sua política econômica.
Eu já previra tudo isso aqui neste blog, no post "Por entre as pernas", que ainda pode ser encontrado nesta mesma página, abaixo. Vejam o que escrevi em 13/12 às 11:02 hs.: "O investidor não quer saber se o governo tem culpa ou não de não ter feito o que era preciso, e sim se esse governo tem força para fazer o que é preciso."
Texto completo no Cidadania.com .
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