sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

E quem afinal está certo na Guerra Civil Espanhola?

Boa a discussão aí abaixo esta a respeito da Guerra Civil Espanhola. E como é polarizado este tempo em que vivemos: dê um assunto e, rapidamente, dois bandos se formam sem vontade de ceder um palmo de terreno ao adversário. Não faz muito tempo, dizia-se que esquerda e direita eram conceitos ultrapassados. Aí, de repente, duas visões absolutamente distintas da história recente e da ética que deve nos conduzir em sociedade estão sob a mesa.

E qual será a correta?

No caso espanhol, há um livro precioso do ensaísta Juan Eslava Galán. Chama-se Una historia de la guerra civil que no va a gustar a nadie; Isto mesmo: Uma história da guerra civil da qual ninguém gostará. A sua versão, fascinante, é uma na qual só há vilões e incompetentes.

Espanha, 1931. Um país agrário quase falido, pobre, com alto índice de analfabetismo, 24 milhões de habitantes. Crise. O Partido Republicano vence as eleições municipais em todas as grandes capitais. Temendo um golpe, o rei Alfonso 13 parte para o exílio. No vácuo do poder, os vencedores das eleições vão às ruas e nasce a Segunda República. Tinham um projeto de modernização: reforma agrária em primeiro lugar. A terra era má gerida, fazendas falidas existiam às pencas. Daí, a reforma do exército, incompetente e corrupto, com mais caciques do que índios, que havia sofrido derrotas no Marrocos. Na seqüência, a reforma da Igreja, que tinha o monopólio da educação e das cerimônias civis e sempre arranjava um jeito de se meter mais nas coisas do Estado. Por fim, descentralização e autonomia para Catalunha, País Basco, Valência, Galícia, verdadeiros países dentro do país, com língua e cultura próprias, que há muito cobravam alguma liberdade.


Outro texto interessante do Weblog do Pedro Dória.

3 comentários:

Omar disse...

Entre fascistas e anarquistas, sempre ficarei com os últimos.

José Elesbán disse...

Eu tendo a ficar com os anarquistas.

Omar disse...

Quando os punks brigam com os skinheads, eu sempre fico no lado dos punks.