Por Luciano Martins Costa em 10/3/2009
Apesar da retratação publicada no domingo (8/3), o infeliz trocadilho publicado em editorial da Folha de S.Paulo no dia 17 de fevereiro, que achou acertado qualificar como "ditabranda" o regime militar imposto ao Brasil a partir de 1º de abril de 1964, ainda produz artigos e debates. Não tão intensamente quanto deveria ou quanto merece a revisão daquele período, nem tão profundamente quanto o que nos recomendaria a necessidade de entender como vimos construindo penosamente a nossa democracia desde então.
Para não ter que discorrer monotonamente sobre o que tem sido abrigado pela imprensa, e em especial pela própria Folha, pode-se partir da observação de que a maioria das opiniões sobre a questão se concentra, de um lado, no grupo daqueles que foram atingidos pessoalmente pelos atos de violência dos agentes do regime ou estiveram próximos de outras vítimas, e, do outro lado, por aqueles que procuram justificar a ditadura, afirmando que, afinal, ela não foi tão dura quanto suas congêneres da Argentina ou do Chile.
Vejam o texto completo na NOVAE
2 comentários:
Infelizmente existe ainda um terceiro grupo, o dos jovens que vão construindo o pais, e que sem um conhecimento mais próximo da questão e influenciados pelas "análises" das grandes (não tão grande ) mídias tendem a crer no conceito divulgado pela Folha. Fundamentam seus argumentos em alcances, numeros percentuais e absolutos e, pior, justificando que o governo só tinha essa solução contra a violencia deflagrada pelo povo...Que é isso ! Vi um grupo de amigos discutindo sobre isso. E fiquei pasma. Mais ainda porque um deles era um dos meus filhos, e após horas de relatos e explicações, tenho certeza de que não se convenceram. Lavagem cerebral de parte da sociedade/jornais? O que faz com que prefiram acreditar nessas versões e não nas que ouviram em casa desde sempre? São jovens, mas estão alem da idade da rebeldia, pessoas de cerca de 30 anos.
E aí, gurizada! parabéns pelo blog. Gostaríamos de pedir para nos ajudarem a divulgar o blog do movimento dos caras pintadas, que está na linha de frente pelo fora yeda. Pela primeira vez em anos, temos um movimento estudantil amplo e mobilizado nas ruas.
valeu,
abraço
www.caraspintadasrs.blogspot.com
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