Em entrevista a Terra Magazine, Luciana se defende das acusações feitas por Aníbal, que entrou com uma representação contra a deputada nesta quarta-feira.
- Uma coisa é o que ele diz para a imprensa e outra é o que ele escreve na representação contra mim. Lá, ele diz que tenho que ser cassada porque quebrei sigilo das investigações no Ministério Público Federal. Ele não entra nem no mérito de existir provas ou não, me acusa por quebra de sigilo e não de decoro.
Luciana explica o porquê das acusações à governadora: Yeda Crusius foi objeto de uma CPI que detectou fraudes no Detran. Não houve conclusões finais, mas, segundo conta a deputada do PSOL, a CPI se desmembrou em novas investigações.
"Nós recebemos documentos que incriminam o marido da governadora, ela e secretários de recebimento de propina e caixa dois para a campanha", revela Luciana. Por conta desses documentos continuaram a fazer investigações em silêncio até a morte de Marcelo Cavalcanti, que, como explica Luciana, "era uma testemunha chave do processo".
Mais no Terra Magazine.
Um comentário:
"Antes de tornar-se um caso puramente policial e judicial, as denúncias contra o Governo de Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul, conhecidas do mundo animal, vegetal e mineral, trilham um caminho kafkaniano.
Luciana Genro (PSOL) e membros do partido daquele Estado, para fazer valer as denúncias que tiveram conhecimento e que relataram à imprensa contra o Governo do Rio Grande do Sul, requisitaram formalmente à Assembléia Legislativa acesso às provas que estariam em poder do Ministério Público Federal.
PSDB, PMDB, PP, PPS e PTB obstruíram a tentativa. O PDT e os Democratas se abstiveram. Votaram a favor PT, o PCdoB e o PSB. Ou seja, o pedido foi negado. A Assembléia Legislativa gaúcha não quer ver as provas.
Enquanto isso, na Câmara Federal o líder do PSDB, José Aníbal (SP), protocolou representação contra Luciana Genro no Conselho de Ética da Câmara. Aníbal acusa Luciana Genro por “falsas denúncias” contra a governadora gaúcha Yeda Crusius. Quer a cassação do mandato da deputada por quebra do decoro parlamentar.
Anote-se que dentre as funções dos parlamentares está a de fiscalizar o executivo e denunciar falcatruas. Para tanto os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
A deputada Luciana Genro, em sua defesa (já passou à condição de acusada e suspeita) argumenta: “Se essa ação tiver prosseguimento, (…) vou me defender pedindo para que requeiram ao MP do RS as provas que eu não tenho aqui em minhas mãos, mas estão lá. Não estamos fazendo denúncia sem provas, as provas estão lá.”
É ou não um “processo” kafkaniano?"
O que está acima veio do Luis Nassif.
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