Depois do pacto nuclear firmado pelo último governo Bush, a Casa Branca descongela agora um embargo de armas que tem mais de 30 anos, desde o tempo em que a Índia testava suas primeiras armas nucleares, com Indira Gandhi. Os EUA dão assim uma grande ajuda às companhias americanas como Lockheed Martin e Boeing para competir no promissor mercado indiano. Nova Déli pretende adquirir nos próximos cinco anos 126 aviões de combate.
Mas esses aviões avançados representam apenas um terço do gasto de cerca de US$ 30 bilhões (aproximadamente R$ 60 bilhões) que Nova Déli prevê destinar até 2014 para modernizar o equipamento de suas forças armadas, cujo armamento procede em boa parte da extinta União Soviética. Atualmente seu principal provedor continua sendo Moscou, que detém 70% do mercado, seguida de Israel.
Em uma entrevista coletiva conjunta no final de sua primeira visita oficial à Índia, que durou cinco dias, e na qual, segundo Clinton, se obteve uma "aproximação estratégica integral", a secretária de Estado americana também anunciou que foram designados dois locais para a construção por empresas americanas de duas usinas nucleares. Esses projetos representam US$ 10 bilhões, número atraente em tempos de crise. Por isso Clinton não levou em conta as críticas que os grupos pacifistas fizeram para que ela pressionasse a Índia a assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
O texto completo é do El País, reproduzido no UOL.
Um comentário:
Isto dá a impressão de duas coisas: uma, “business as usual”, ou seja precisamos vender os nossos produtinhos; outra, a mentalidade de paranóia, ou alguém pensa que isso não tem a ver com um “cerco à China”?
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