Por Jean-Guy Allard
Hugo Llorens, o embaixador dos EUA em Honduras que admitiu ter participado em reuniões onde se discutiram planos de golpe antes do sequestro do presidente Zelaya, é um cubano-americano emigrado em Miami através da operação Peter Pan da CIA. Especialista em terrorismo, era o diretor dos Assuntos Andinos do Conselho Nacional de Segurança em Washington, quando se deu o golpe contra o presidente Hugo Chávez.
Nos seus primeiros anos de atividade diplomática esteve colocado nas Honduras como conselheiro econômico, de onde passou para a Bolívia com o mesmo cargo. Continuaria como adido econômico no Paraguai da ditadura de Stroessner, e mais tarde aparecerá em El Salvador como coordenador de narcóticos, outra das suas especialidades.
Num salto inesperado para outra parte do mundo o multifacetado Llorens foi para as Filipinas como simples funcionário consular. De volta ao continente americano foi durante três anos cônsul-geral dos Estados Unidos em Vancouver, Canadá, onde se dedicou à criação de uma estação chamada "multi-agências", que consegue a abertura no próprio consulado de representação do FBI, do Departamento de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo, ATF, e do Serviço de Alfândegas dos EUA. Isto sem esquecer representações do Serviço Secreto e de Segurança do Departamento de Estado. Tudo isto sob o tema da luta contra o terrorismo e a delinquência internacional.
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