quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Iraque, triturado entre EUA e Irã

Mais de sete anos depois de os EUA terem invadido o Iraque para levar “democracia” ao país, os neoconservadores que inspiraram o projeto podem pelo menos experimentar o prazer perverso de assistir à vitória do sectarismo, nas eleições de março, no Iraque, ao mesmo tempo em que assistem a duas derrotas: do ex-primeiro-ministro e aliado da CIA Iyad Allawi, e do atual primeiro-ministro e aliado do Irã Nuri al-Maliki.

Tecnicamente, a lista eleitoral de Allawi (“Iraqiya”, Lista Iraniana) elegeu 91 deputados à próxima Assembleia Nacional; e a de Maliki (Lista “Estado de Direito”) elegeu 89 deputados. Os sadristas elegeram 38 deputados, dos 70 do bloco “Aliança Nacional Iraniana [ing. Iraqi National Alliance (INA)]. A Aliança do Kurdistão obteve 43 assentos-votos na Assembleia. Outros pequenos partidos alcançaram 33 assentos-votos. O grande derrotado foi o Conselho Supremo Islâmico do Iraque [ing. Islamic Supreme Council of Iraq (ISCI)], que integra a INA. O sectarismo venceu.

Uma coisa já é virtualmente garantida: Allawi lutará para ser primeiro-ministro. E Maliki também, com absoluta certeza. Resta entender por quê.

Confira a longa análise no Vi o Mundo.


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