Décadas de guerra no Iraque, as sanções da ONU, a fraca segurança e a situação económica, afectaram negativamente a educação e aumentaram os níveis de iliteracia. Segundo dados publicados pelo Estado e pela UNESCO em Setembro, pelo menos cinco milhões de Iraquianos dos cerca de trinta milhões no total, são analfabetos. Destes, 14 % são crianças na idade escolar que abandonaram a escola para poderem sustentar as suas famílias, estão deslocados ou não têm acesso a escolaridade adequada.
Ahmed Khalid Jaafar, de 14 anos, disse à IRIN (Rede Integrada de Informações Regionais) de Bagdade, que deixou a escola depois do pai ter morrido numa explosão há três anos, e que andava à procura de trabalho nas ruas para sustentar a mãe e duas irmãs mais novas.
“Eu vendo gomas e a minha mãe faz trabalhos de costura” disse-nos Jaafar. “Nós fazemos 200,000 a 300,000 dinares (160 a 250 dólares) por mês. Gastamos aquele dinheiro no que é mais importante, sobretudo alimentação. A escola agora não é o mais importante”. Jaafar e a sua família estão a ocupar um edifício do Estado que está abandonado.
Os dados de Setembro mostram que a iliteracia dos adultos no Iraque é agora uma das mais altas dos países árabes. Nas zonas rurais, cerca de 30% da população não sabe ler ou escrever. Há significativas disparidades entre sexos, sendo que 40% dos analfabetos são mulheres.
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